terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Havia algum tempo que ele não a encontrava...mas aquele sorriso inefável no rosto dela era impossível esquecer, estava imortalizado em sua mesa de cabeceira. O seu quarto cinza opaco era uma descrição materializada do seu eu interior...era seu refúgio, uma penumbra medonha, mas ao mesmo tempo convidativa. Ali seus pensamentos voavam para longe, sua mente transcendia seu corpo, e após um hiato de idéias, ele saiu desse torpor e começou a refletir...pensou a vida como se fosse um tabuleiro de xadrez, onde todas as pessoas que conhece são as peças. A vida não é uma inércia, os relacionamentos nem sempre são para sempre, ou seja, a vida é movimento. Ele tinha que estar preparado para essa verdade. Seus amores passados, seus amigos, ou conhecidos não deixaram de existir, apenas mudaram de espaço, um ciclo, uns se afastam outros se ajuntam, mas todos estão no mesmo tabuleiro. Após uma breve pausa, ele se sentiu um pouco melhor, mas a saudade já havia feito morada em seu coração, e ele como a peça maior desse tabuleiro sucumbia a cada segundo, a não ser que.....

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