sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Onde morrem os sonhos...

Era uma manhã, sempre qualquer, os dias são todos iguais aqui não sei bem onde...alguma coisa está errada, com certeza...entro no escritório, ligo o computador localizado no meio de uma pilha de livros, artefatos antigos e esculturas em bronze de animais...começo a escrever um texto deprimente, daqueles que não dá nem vontade de terminar a leitura. Mas subitamente, apago tudo, entendi que essas letras atrairiam mais tristeza, estou farto de sublimar conteúdos internos, pareço uma canção de ninar tocando incessantemente com o objetivo de torturar alguém...fui longe demais...não enxergo o limite quando cruzo por ele, sempre foi assim. Meu comportamento prova o que estou dizendo.
A tela em branco, esperando para ser pintada, fitei pensativo por quase trinta minutos, o famoso filme de nossa vida reprisou na minha mente, procurei algo razoavelmente aceitável, que demonstrasse que estou ótimo, que me tornei um homem adulto, centrado, moderno, mas não encontrei, estava faltando algumas partes no meu rolo de filme...resolvi deixar como está, em branco, eu não tinha nada para escrever naquele momento, apenas arrependimentos e isso eu já estava cansado...