segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Magnólia

Quando ele percebeu, estava caminhando sobre um jardim de magnólias, todas brancas.
Não sabia se era um sonho, ou se estava vivendo de fato aquele momento...sentiu frio, esfregou sua mão no braço tentando se aquecer. Olhou ao seu redor, parecia estar sozinho, apenas o balanço das flores definindo o vento.
Várias lembranças do seu passado o fizeram sentir uma enorme angústia no peito, fazia tanto tempo desde que havia tocado aquela pele, e sentido grande amor no coração.
Foi então que percebeu que já não sabia aonde havia chegado, se estava perdido ou se aquele jardim representava sua liberdade, sua paz.
A paisagem sem cor começou a esvair, assim como sua razão. Um desespero, vertigens, tontura, por fim, o desmaio. Ele não suportou aquela sensação que acabara de experimentar, de não saber se estava vivo naquele mundo idealizado.
Quando acordou, abriu os olhos devagar, e viu alguém tocando seu rosto com ternura, seus cabelos se confundiam com os raios do sol, que antes estava escondido em algum lugar. Seu sorriso era lindo, trazia conforto. O sentimento amargo era passado, e deu lugar ao sossego, estava em paz consigo mesmo e com o cosmo....havia morrido por fim, mas não sozinho.