quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Hoje estou sem nada pra escrever...ou então um monte de coisas entaladas que não quero que saiam de uma vez...poderia apenas ignorar, e esperar passar, e então escrever aqui um monte de palavras sem sentido aparente...como eu gostaria de ser mais indiferente, ignorar toda a cidade, e ignorar por fim o que realmente eu estou sentindo...mas não...lá vou eu de novo....um monte de blá blá blá que não vai adiantar de nada...nunca adianta.....

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Totalmente Kubrick.

Hoje, em vários momentos do meu dia, fui nostálgico ao extremo (A nostalgia sempre que pode invade meus devaneios, né Bebel?!)...senti falta na minha vida de alguém que continua especial, mesmo eu fingindo pra todos que não..mas e dái né??!! Deal with it, fool!!
Mas esse post não é sobre meu coração , e sim sobre eu mesmo comprando ótimos filmes aqui no começo do Brasil, no meio de açaizais e pés de cupuaçu...quem diria não?? Comprei De olhos bem fechados (filme predileto), até que enfim consegui achar esse filme pra vender, comprei também Kiss Kiss,Bang Bang ( Beijos e Tiros), Os Monólogos da Vagina, criado e interpretado por Eve Ensler, e Totalmente Kubrick com John Malkovich (louco pra ver esse filme). Depois que adquiri tais obras, fiquei feliz, e meu final de semana está garantido...pra quem gosta de livros e filmes, aqui no Oiapoque não é ruim como pensam....

abraços!!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Magnólia

Quando ele percebeu, estava caminhando sobre um jardim de magnólias, todas brancas.
Não sabia se era um sonho, ou se estava vivendo de fato aquele momento...sentiu frio, esfregou sua mão no braço tentando se aquecer. Olhou ao seu redor, parecia estar sozinho, apenas o balanço das flores definindo o vento.
Várias lembranças do seu passado o fizeram sentir uma enorme angústia no peito, fazia tanto tempo desde que havia tocado aquela pele, e sentido grande amor no coração.
Foi então que percebeu que já não sabia aonde havia chegado, se estava perdido ou se aquele jardim representava sua liberdade, sua paz.
A paisagem sem cor começou a esvair, assim como sua razão. Um desespero, vertigens, tontura, por fim, o desmaio. Ele não suportou aquela sensação que acabara de experimentar, de não saber se estava vivo naquele mundo idealizado.
Quando acordou, abriu os olhos devagar, e viu alguém tocando seu rosto com ternura, seus cabelos se confundiam com os raios do sol, que antes estava escondido em algum lugar. Seu sorriso era lindo, trazia conforto. O sentimento amargo era passado, e deu lugar ao sossego, estava em paz consigo mesmo e com o cosmo....havia morrido por fim, mas não sozinho.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Quimera...

"Ainda deitado, ele podia sentir o cheiro forte naquele quarto escuro, restos de bebida,comida e luxúria da madrugada anterior. Na mesa de cabeceira, um portrait em p&b, alguém de um passado remoto...Ao olhar para o lado, podia ver um fio da luz do sol insistindo em entrar por uma fresta na janela de madeira. Já passara das três horas da tarde. Era uma tarde quente de um domingo qualquer. Na cama, os lençóis brancos ainda formavam o contorno do corpo dela. Ao perceber sua ausência, se assustou, mas logo entendeu quando escutou o barulho do chuveiro ligado. Levantou da cama, e empurrou a porta do banheiro, que estava apenas entreaberta. A silhueta exuberante daquela mulher o fez permanecer em pé parado sobre o chão frio, extasiado, apenas observando por alguns minutos antes de adentrar por completo. A água corria, contornando suas curvas, seus dedos, afundados em seus cabelos negros, passeavam por sua cabeça , e seus olhos cerrados, absorviam aquele momento efêmero. Com um pequeno susto, ela diz: - A quanto tempo estás parado aí?
Por meio de um gesto singelo, toca seus seios e com um beijo doce seus corpos se juntam debaixo da água.
Foi como um sonho, sublime, a sensação de estar vivendo aquele reencontro, almejado por tanto tempo, e com tamanha dor. Com um suspiro só, ele sussurra: - Nunca! Nunca mais afastarei meus olhos dos seus..."

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Reeducação cinematográfica...


Hoje me deu vontade de falar sobre alguns filmes...
Inesquecível, Encontros e desencontros de Sofia Coppola...estou com tanta vontade de rever Bill Murray Magnífico e Scarlett sempre linda, nas ruas de Tóquio.....Esse final de semana, com certeza, I´ll watch again.
Dentre tantos filmes e tantos atores, com certeza meu predileto é De olhos bem fechados...não vou escrever uma sinopse, e também não vou filosofar sobre o clima onírico na qual o personagem de Tom Cruise está envolvido... Mas quero expressar minha admiração por ninguém menos que Stanley Kubrick, diretor de Laranja Mecânica e 2001- Uma Odisséia no espaço...Um gênio, que morreu em 1999...Não me canso de Eyes Wide Shut...muitos odeiam, e é tão bom saber disso...vai me entender né?!
Não posso esqueçer o cinema francês, gosto muito, meus pais odeiam, não deram conta de assistir nem 15 minutos de Reis e Rainhas de Arnaud Desplechin , e já saíram falando que sou péssimo em escolher filmes.
Enfim...apenas por um final de semana, esqueça os blockbusters, ou então filmes como Um amor pra recordar, Como perder um homem em não sei quantos dias, e vá locar um desses filmes que eu citei aqui em negrito...Obrigado! =)



segunda-feira, 6 de outubro de 2008

"A água se aprende pela sede
A terra pelos mares atravessados
O êxtase, pelas agonias sofridas
A paz, pelas batalhas vividas
A amor, pelos jazigos da mémoria..."
* Poema recitado pela personagem de Nora no filme francês "Róis er Reine".

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Vertigem...

É como se estivesse caminhando dentro de um deserto interior, e derrepente, de surpresa me deparo com um abismo cheio de sombras e névoas, o vazio, uma lacuna na minha vida, e apenas uma linha tênue ligando um lado ao outro, do tamanho da minha solidão. Para atravessar o nada, descobri que preciso me esvaziar, me livrar dos rótulos e preconceitos que nos deixam pesados, fechar os olhos para o espetáculo melancólico. Profano. Deixar de prestar atenção no barulho desse mundo, e se concentrar nessa jornada da alma, de descobrimento, poder conviver entre o real e o imaginário sem esfriar o coração ou cair na loucura...

"Quando se olha para o abismo, o abismo devolve-nos o olhar." (Nietzsche)